Este é um dia triste para mim. Para todos os amantes da literatura. Da Literatura, assim, com letra grande. Já se sabia, esta era uma morte anunciada, mas é triste saber que partiu o maior contador de histórias de todos os tempos. Gabriel García Márquez morreu e este é um dia triste por isso. É o meu escritor favorito – e não digo isto hoje, por ter morrido. Digo-o desde que o descobri, aos dezasseis ou dezassete anos. Hoje o mundo ficou mais pobre.
O jornal El Espectador tem um extenso dossier sobre García Márquez, que foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1982.
Em reacção à sua morte, disse hoje o presidente da Colombia: “Mil anos de solidão e tristeza pela morte do maior colombiano de todos os tempos!”
Escreveu romances, novelas, crónicas, contos, e a autobiografia mais deliciosa que jamais li: “Viver para Contá-la”. Estão lá todos os seus livros.
Permitam-me apenas alguns títulos, os primeiros que me vêm à memória e que migrarão ainda hoje para a minha mesinha de cabeceira, para reler:
O Amor nos Tempos de Cólera
Cem Anos de Solidão
Doze Contos Peregrinos
Do Amor e Outros Demónios
Memória das Minhas Putas Tristes
A Incrível e Triste História da Cândida Eréndira e da sua Avó Desalmada
Os Funerais da Mamã Grande
Olhos de Cão Azul
Crónica de uma Morte Anunciada
A Revoada
A Hora Má
O General no seu Labirinto
Ninguém Escreve ao Coronel
O Outono do Patriarca
Notícia de um Sequestro
Relato de um Náufrago
São apenas alguns. Faltam aqui tantos.