Um amigo verdadeiro

Sempre que Rogério sai de casa, esquece-se de alguma coisa. Quando se lembra, já é tarde demais.
E o que é que Rogério faz? Absolutamente nada. Só pensa: “Ainda bem que tenho o João”.
O João é o seu melhor amigo, um amigo a sério, um amigo com quem se pode contar.
O Rogério sabe muito bem o que é um amigo com quem se pode contar. Sempre que ele se esquece de alguma coisa, é o João que o livra de apuros.
O Rogério vai para a escola sem sapatilhas.
— Logo vi que ias esquecer-te! — diz o João, tirando um par de meias grossas do saco de ginástica, que entrega ao Rogério.
O Rogério chega ao parque sem bola.
— Logo vi que ias esquecer-te!
O João tem escondida atrás das costas a sua própria bola, que lhe estende.
O Rogério vai com o João à feira popular e não leva dinheiro na carteira.
— Logo vi que ias esquecer-te! — E como não se pode andar no carrossel sem pagar, o João tira uma moeda do bolso.
E é assim dia após dia: o Rogério esquece-se sempre de alguma coisa, o João, nunca… ou será que não?
Não. O João esquece-se sempre dos lápis de cera. Não adianta esforçar-se por fazer a pasta a tempo e horas. Quando chega a aula de desenho, o João não tem os lápis de cera na pasta.
O Rogério sabe que o João se esquece sempre deles, e por isso ele, Rogério, pode esquecer-se de tudo o que há no mundo, só não se esquece dos lápis de cera.
Estão na aula de desenho. O Rogério tira os seus lápis da pasta e põe-nos em cima da carteira. O João volta a ficar corado de vergonha porque deixou os lápis em casa, no quarto.
Então, o Rogério sorri e tira da pasta outra caixinha de lápis de cera, que pousa em cima da carteira do João.
— Logo vi que ias esquecer-te! — diz ele a sorrir.

Lene Mayer-Skumanz (org.)
Hoffentlich bald
Wien, Herder Verlag, 1986
tradução e adaptação

O jardim do avô e da avó

A Lucy adorava visitar o avô e a avó. Viviam numa casinha no campo, rodeada de um grande e bonito jardim.
O avô e a avó adoravam estar juntos no seu jardim e estavam sempre lá, ocupados a cavar, a tirar ervas daninhas, a podar e a plantar.
Também gostavam muito das visitas da neta, a Lucy, porque era uma menina muito interessada e trabalhadora.
A avó gostava de tratar dos canteiros, enquanto o avô adorava tratar dos legumes.
A avó tinha flores de todos os tipos: margaridas, girassóis e miosótis.
Mas as suas flores favoritas eram as rosas. Adorava as suas cores, as suas pétalas delicadas e o seu perfume maravilhoso.
O avô cultivava legumes de todos os tipos em fiadas muito direitas. Tinha cenouras, couves, beterrabas, ervilhas e favas.
Ficavam no jardim o dia todo, do nascer ao pôr-do-sol, parando apenas para tomar uma chávena de chá e comer uma fatia do bolo de frutas delicioso que a avó fazia.
O avô elogiava as flores da avó e esta admirava os legumes do avô.
Viviam felizes juntos, e ficavam ainda mais contentes quando a Lucy os vinha ajudar. Ensinavam-na a semear, a tomar conta dos rebentos novos, a podar, a tirar ervas daninhas e a colher os legumes e flores frescas.
No entanto, estes dias felizes não duraram para sempre. Infelizmente, a avó ficou doente. Estava tão debilitada que nem sequer podia sair da casa e ir até ao seu adorado jardim.
O avô colocou a cama deles junto da janela, para que ela pudesse ver as suas flores maravilhosas. Também lhe cortava um raminho todos os dias e colocava-o numa jarra junto dela, para que pudesse cheirar o seu perfume.
E foi nesta cama que, numa manhã tranquila, a avó olhou pela última vez o seu jardim adorado. Sorriu, fechou os olhos e morreu nos braços do avô.
A Lucy não pôde ir logo ver o avô. A mãe disse que era melhor esperar um pouco.
Quando finalmente o foi ver, ficou muito triste por o ver na varanda, sentado na cadeira de baloiço.
O jardim também parecia triste, com ervas daninhas a crescer por entre as flores, e os legumes tinham, entretanto, secado e mirrado.
O avô disse à Lucy que se sentia triste quando ia ao jardim e que tinha muitas saudades da avó.
A Lucy ficou a olhar para o jardim abandonado.
– Avô, o jardim não te recorda os tempos felizes que passaste com a avó?
O avô continuava triste. Lucy pegou na mão dele com gentileza.
– As rosas não te fazem lembrar as faces rosadas da avó? – sussurrou.
O avô sorriu ligeiramente.
– E os miosótis não te lembram os seus olhos azuis?
O avô sorriu mais.
– E os girassóis fazem-me lembrar o sorriso da avó. Parece que a estou a ver – sorriu a Lucy abertamente.
O avô tinha agora lágrimas de felicidade nos olhos e abraçou a neta.
– Tens razão! Também consigo vê-la. Vem daí! Temos coisas a fazer!
A Lucy passou todo o seu tempo livre dos anos seguintes a tomar conta do jardim com o avô.
Num fim de tarde tranquilo, enquanto tomavam uma chávena de cacau na varanda, cansados mas felizes com o trabalho que tinham feito, a Lucy disse:
– O jardim também me fará lembrar de ti.
O avô sorriu, apertou a mão da neta e fechou os olhos, com a certeza de que o jardim deles estaria sempre em boas mãos.

Neil Griffiths
Grandma and Grandpa’s garden
Wiltshire, Red Robin books, 2007
(Tradução)

O presente da costureira de mantas

Era uma vez uma costureira de mantas que vivia numa casa no cimo das montanhas de bruma azulada. Até o mais idoso dos tetravôs não se lembrava de um tempo em que ela não estivesse lá em cima a coser, dia após dia.

Aqui e ali, e onde quer que o sol aquecesse a terra, dizia-se que ela fazia as mantas mais belas que alguma vez se tinha visto.

Os azuis pareciam vir do mais profundo do oceano; os brancos, das neves mais boreais; os verdes e os púrpuras, das abundantes flores silvestres; os vermelhos, os cor-de-rosa e os cor-de-laranja, do mais maravilhoso dos pores-do-sol.

Algumas pessoas diziam que os seus dedos eram mágicos. Outras murmuravam que as suas agulhas e tecidos eram dádivas do povo das fadas. E outras diziam ainda que as colchas tinham caído de anjos que por ali passavam.

Muita gente subia a montanha, com os bolsos a abarrotar de oiro, na esperança de comprar uma daquelas maravilhosas mantas. Mas a costureira não as vendia.

— Dou as minhas mantas aos que são pobres ou não têm casa — dizia a todos os que lhe batiam à porta. — Não são para os ricos.

Nas noites mais frias e escuras, a costureira descia até à cidade, no sopé da montanha. Percorria as ruas calcetadas até encontrar alguém a dormir ao relento. Então, tirava do saco uma manta acabada de fazer, enrolava-a nos ombros dos que tremiam de frio, aconchegava- os bem, e afastava-se depois em bicos de pés.

No dia seguinte, depois de beber uma chávena fumegante de chá de amoras, começava uma nova manta.

Por esta altura, vivia também um rei, senhor de muito poder e ambição, que, mais do que tudo, gostava de receber prendas.

Os milhares e milhares de lindíssimos presentes que recebia pelo Natal e pelo seu aniversário nunca lhe chegavam. Proclamou, então, uma lei que dizia que o rei passaria a festejar o seu dia de aniversário duas vezes por ano.

Quando isto também deixou de o satisfazer, deu ordens aos seus soldados para procurarem pelo reino as poucas pessoas que ainda não lhe tinham dado prenda alguma.

No decurso dos anos, o rei foi ficando com quase todas as coisas mais bonitas do mundo. Os seus inúmeros bens estavam empilhados um pouco por todo o castelo. Em gavetas ou prateleiras, em caixas e arcas, em armários e sacos.

Coisas que brilhavam, cintilavam e tremeluziam.

Coisas extravagantes e práticas.

Coisas misteriosas e mágicas.

Eram tantas, que o rei tinha uma lista de tudo o que possuía.

Mas, apesar de ser dono de todos estes tesouros maravilhosos, o rei não sorria. Não era nada feliz.

— Deve haver, algures, algo de bonito que me faça, finalmente, sorrir — ouvia-se o rei dizer muitas vezes. — E hei-de tê-lo.

Um dia, um soldado entrou precipitadamente no castelo com a notícia de uma mágica costureira de mantas que vivia nas montanhas.

O rei bateu com o pé no chão.

— E por que razão essa pessoa nunca me deu nenhuma das suas mantas de presente? — perguntou ele.

— Ela só as faz para os pobres, Vossa Majestade — respondeu o soldado. — E não as vende por dinheiro algum.

— Isso é o que vamos ver! — bradou o rei. — Tragam-me um cavalo e mil soldados.

E partiram à procura da costureira de mantas.

Quando chegaram a casa dela, esta limitou-se a rir.

— As minhas mantas são para os pobres e necessitados, e vê-se facilmente que não és nem uma coisa nem outra.

— Eu quero uma dessas mantas — exigiu o rei. — Talvez seja o que finalmente me fará feliz.

A mulher pensou por um momento.

— Oferece tudo o que tens — disse — e então far-te-ei uma manta. Por cada prenda que deres, acrescento um quadrado à manta. Quando tiveres dado todas as tuas coisas, a tua manta estará terminada.

— Dar todos os meus maravilhosos tesouros? — gritou o rei. — Eu não dou, eu recebo!

E, dito isto, deu ordem aos soldados para se apoderarem da linda manta de estrelas da costureira.

Mas, quando se precipitaram sobre ela, a mulher lançou a manta pela janela e uma forte rajada de vento levou-a.

O rei ficou muito zangado. Levou a costureira montanha abaixo, atravessou a cidade e subiu outra montanha, onde os seus ferreiros reais fizeram uma grossa pulseira de ferro. Acorrentaram-na a uma rocha, na gruta de um urso que estava a dormir.

O rei pediu-lhe novamente uma manta, e uma vez mais ela recusou.

— Muito bem, então — respondeu o rei. — Vou deixar-te aqui. Quando o urso acordar, tenho a certeza de que vai fazer de ti um óptimo pequeno-almoço.

Quando, algum tempo mais tarde, o urso abriu os olhos e viu a costureira na gruta, equilibrou-se nas fortes pernas traseiras e soltou um rugido que sacudiu os ossos da mulher. A costureira ergueu os olhos para o urso e abanou tristemente a cabeça.

— Não admira que sejas tão resmungão — disse. — Para além de rochas, não tens nada onde possas à noite descansar a cabeça. Arranja-me um braçado de agulhas de pinheiro e, com o meu xaile, far-te-ei uma almofada grande e fofa.

E foi isso que fez. Nunca ninguém fora antes tão amável para com o urso. Este partiu a pulseira de ferro da mulher e lhe pediu que lhe fizesse companhia durante a noite.

Mas, embora o rei desempenhasse bem o papel de homem ambicioso, desempenhava mal o papel de homem malvado. Durante toda a noite não conseguiu dormir, a pensar na pobre mulher, na gruta.

— Oh, meu Deus, o que é que eu fui fazer? — lamentava-se.

Acordou os soldados e lá marcharam todos em pijama até à gruta, para a salvarem. Mas, quando chegaram, o rei encontrou a costureira e o urso a tomarem um pequeno-almoço de frutos silvestres e mel.

Então, o rei esqueceu por completo a pena que sentira e voltou a ficar zangado. Ordenou aos construtores reais de ilhas que construíssem uma ilha tão pequena que a costureira só lá pudesse ficar em bicos de pés.

Novamente o rei lhe pediu uma manta e novamente ela recusou.

— Muito bem — respondeu o rei. — Esta noite, quando estiveres demasiado cansada para te manteres em pé e quiseres deitar-te para dormir, afogar-te-ás.

E o rei deixou-a só na minúscula ilhota.

Pouco depois de ele partir, a costureira viu um pardal atravessar o grande lago. Soprava um vento forte e violento e o pobre pássaro não parecia capaz de chegar a terra. A costureira chamou-o e ele poisou no ombro dela para descansar. Como o pobre e cansado pardal estava a tremer, a senhora fez-lhe uma capa de um pedaço de tecido do seu colete púrpura.

Quando a ave se sentiu mais quente e o vento parou de soprar, levantou voo de novo, grato pelo que a costureira lhe tinha feito.

Dali a pouco, o céu escureceu devido a uma enorme nuvem de pardais. Com as asas sempre a bater, milhares deles desceram, pegaram na mulher com os seus pequeninos bicos e levaram-na em segurança para terra.

Novamente nessa noite, o rei não conseguia dormir a pensar na senhora, sozinha na ilha.

— Oh, meu Deus, o que é que eu fui fazer? — lamentava-se.

Voltou a acordar os soldados que estavam a dormir, e lá marcharam em pijama até ao lago, para libertarem a costureira. Mas, quando chegaram, ela estava sentada no ramo de uma árvore a coser minúsculas capas cor de púrpura para todos os pardais.

— Desisto! — gritou o rei. — O que tenho de fazer para me dares uma manta?

— Como já te disse — respondeu ela — oferece tudo o que tens e eu faço-te uma manta. E, por cada prenda que dês, acrescento mais um quadrado à tua manta.

— Não consigo fazer isso! — gritou o rei. — Eu adoro todas as minhas lindas e maravilhosas coisas.

— Mas, se elas não te fazem feliz — retorquiu a costureira — para que servem?

— Lá isso é verdade — suspirou rei.

E pensou muito, muito, no que ela dissera. Pensou durante tanto tempo, que as semanas se sucederam umas às outras.

— Pronto, está bem — disse entredentes. — Se tenho de me libertar dos meus tesouros, então que seja!

O rei regressou ao castelo e procurou, de uma ponta a outra, qualquer coisa da qual conseguisse abdicar.

De sobrolho franzido, lá acabou por encontrar um simples berlinde. Só que o rapazinho que o recebeu retribuiu-lhe o gesto com um sorriso tão radiante, que o rei regressou ao castelo para ir buscar mais coisas.

Por fim, pegou num monte de casacos aveludados e foi distribuí- los pelas pessoas vestidas de trapos. Ficaram todas tão contentes, que se puseram a desfilar pelas ruas da cidade.

Mas, ainda assim, o rei não sorria.

Em seguida, foi buscar uma centena de gatos siameses azuis, que dançavam valsas, e uma dezena de peixes transparentes como vidro. Depois, deu ordem para que trouxessem para fora o carrocel com os cavalos verdadeiros. As crianças gritaram de entusiasmo e puseram-se a dançar em redor dele.

O rei olhou à sua volta e viu as danças, a felicidade e a alegria que os seus presentes tinham trazido. Uma criança pegou-lhe na mão e puxou-o para dançar. O rei agora sorria e até soltava gargalhadas.

— Como é isto possível? — exclamou. — Como é possível eu sentir-me tão feliz por dar as minhas coisas? Tirem tudo cá para fora! Tirem tudo imediatamente!

Entretanto, a costureira manteve a sua palavra e começou a fazer uma manta especial para o rei. Por cada presente que ele dava, ela acrescentava mais um quadrado à manta.

O rei continuou a dar e a dar. Quando, por fim, não havia mais ninguém que não tivesse recebido alguma coisa, o rei decidiu ir pelo mundo e procurar outras pessoas que precisassem das suas prendas.

Antes de partir, o rei prometeu à costureira que lhe enviaria um pardal, de todas as vezes que desse alguma coisa.

De manhã, à tarde e à noite, as carroças partiam da cidade, cada uma delas carregada até cima com todos os objectos maravilhosos do rei. E durante anos e anos, os pardais mensageiros foram voando até ao peitoril da janela da costureira, à medida que ele ia esvaziando lentamente os seus carros por onde quer que passasse, trocando os seus tesouros por sorrisos.

A costureira trabalhava sem parar e, pedaço a pedaço, a manta do rei foi crescendo, cada vez maior e mais bonita.

Por fim, certo dia, um pardal cansado entrou-lhe pela janela e poisou na agulha. A costureira compreendeu imediatamente que este era o último mensageiro. Deu o último ponto na manta e desceu a montanha em busca do rei.

Após uma longa busca, encontrou-o finalmente. As suas vestes reais estavam agora em farrapos e os dedos dos pés espreitavam-lhe das botas. Os olhos brilhavam de alegria e o riso era maravilhoso e sonoro. A costureira retirou do saco a manta e desdobrou-a. Era de tal forma bela, que borboletas e colibris esvoaçavam à sua volta. Ergueu-se em bicos de pés e pô-la à volta do rei.

— O que é isto? — exclamou ele.

— Prometi-te há muito tempo — disse ela — que, quando fosses pobre, te daria uma manta.

O sorriso radiante do rei fez cair maçãs e levou as flores a voltarem-se para ele.

— Mas eu não sou pobre — disse. — Posso parecer pobre mas, na verdade, o meu coração está cheio a mais não poder, com as recordações de toda a alegria que dei e recebi. Agora sou o homem mais rico.

— Mesmo assim, fiz esta manta só para ti — disse a costureira.

— Obrigado — respondeu o rei. — Mas só fico com ela se aceitares uma prenda minha. Há um último tesouro que ainda não dei. Guardei-o todos estes anos para ti.

O rei retirou o seu trono do carro velho e frágil.

— É mesmo muito confortável — disse o rei. — E o ideal para quem passa longos dias a coser.

A partir desse dia, o rei voltou muitas vezes à casa da costureira de mantas, que ficava bem lá em cima, perto das nuvens.

Durante o dia, a costureira fazia lindas mantas que não vendia e, à noite, o rei levava-as para a cidade. Procurava, então, os pobres e infelizes, pois nunca se sentia tão feliz como quando dava alguma coisa a alguém.

Jeff Brumbeau
The quiltmaker’s gift
New York, Orchard Books, 2000

Conto Contigo

A ideia de implementar um projecto de leitura recreativa como o “Conto Contigo” era um sonho de há muito tempo. Aconteceu este ano. Sou obrigada a confessar que a reacção que obtive, tanto por parte dos alunos, como dos pais, excedeu as minhas melhores expectativas. Ultimamente, nos comentários que me fazem chegar, os pais esquecem-se que peço o comentário ao conto e escrevem que os filhos lêem cada vez melhor, que eles próprios gostam cada vez mais de ler. Para não falar naqueles que, em vez de um comentário, me escrevem uma carta…

Sinto-me como se tivesse passado longos anos atravessando um deserto e esteja enfim chegando a um oásis. Gosto muito de ler. Quero que todas as pessoas à minha volta compreendam que se trata de um prazer que nada pode igualar. Os meus alunos começaram agora a perceber a magia da leitura, o tapete mágico que um livro pode ser. Para mim, é um sonho que começa a realizar-se. Continuar a ler