Chegaram as férias. As da grande são oficiais, estão consagradas no calendário escolar. As da pequena são oficiosas, estão indexadas às da irmã. O que vale ter uma avó sempre desejosa de ver as meninas livres da “prisão”…
Uma teve boas notas, tem sempre. A outra não tem notas, mas traz todas as boas informações que poderíamos desejar, portanto…
Portanto é-me muito difícil resistir à tentação de as encher de prendas. Deve acontecer com todas as mães. Por mim, se não dou muitas prendas todos os dias é por causa do exagero, não só dos presentes em si, mas também do dinheiro que tal representaria.
Estes dias, pus-me a pensar e era preciso decidir. Um jogo, com que brinquem neste Verão tão tímido. Um brinquedo. Uma boneca nova. Há sempre a hipótese de um livro, que faz as delícias tanto de uma como da outra. Mas já temos tantos em casa. E a mais velha já está na fase em que os lê uma vez e depois disso já são repetidos. Nunca foi tempo de gastar dinheiro à toa, mas nos dias que correm ainda menos. E o dinheiro gasto em livros é tudo menos “à toa”, mas… Uma boa prenda seria tempo passado com elas, sem relógio nem Internet nem telemóvel. Mas para as minhas férias a sério ainda falta. Depois vão ser prolongadas, mas isso é outra coisa. E não é agora.
Decidi que merecem tudo isto. Porque merecem. E então, para cada uma, arranjei um Cartão da Biblioteca. O presente mais barato, aquele cujo valor é inestimável. Trouxe três: um para cada uma.
E então é onde passaremos hoje a tarde. Na Biblioteca Municipal Raul Brandão, aqui em Guimarães.
Ou não. Não sabemos onde os livros nos levarão…